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Valor Económico

Valor Económico

O Banco Nacional de Angola (BNA) vendeu, nos últimos sete dias, 166,4 milhões de euros (equivalente a 185,9 milhões de dólares) para a cobertura de várias operações, com destaque para o pagamento de salários de expatriados com 26 milhões de euros.

 

De acordo com dados do BNA houve um aumento de 77,8 milhões de euros em comparação com a semana anterior, período em que foram disponibilizados 88,6 milhões de euros aos bancos comerciais.

Do valor disponibilizado neste período em balanço, 30,4 milhões de euros foram destinados para cobertura de operações para diversos sectores, 26,6 milhões para cobertura de operações com cartas de crédito asseguradas pelo BNA para os diversos sectores da economia.

Neste mesmo período, foram ainda vendidos aos bancos comerciais 17,9 milhões de euros para cobertura de operações do Sector Petrolífero, 14,7 milhões de euros para acções das companhias aéreas, 12,6 milhões de euros para cobertura das necessidades gerais dos bancos.

O BNA dispôs também de 12,5 milhões de euros para a cobertura de operações de ministérios e organismos do Estado, 8,9 milhões de euros para viagens, ajuda familiar, saúde e educação, 8,9 milhões para cartões de crédito, 5,1 milhões de euros para o sector das Telecomunicações e 3,4 milhões para a área dos Seguros.

Lançado esta semana, o primeiro relatório e contas da Sonangol da era da gestão de Isabel dos Santos é marcado pelo crescimento dos resultados.

 

A Sonangol registou um crescimento de 36% nos resultados operacionais de 2016, obtendo o valor de 525 mil milhões de kwanzas, um resultado líquido no exercício bastante superior aos 13 mil milhões de kwanzas obtidos no ano transacto, factos que reflectem uma inversão da tendência de queda abrupta registada nos exercícios dos dois anos anteriores.

A informação foi avançada pela presidente do Conselho de Administração da petrolífera estatal, Isabel dos Santos, durante apresentação do Relatório e Contas referente ao ano passado, que na ocasião explicou que este indicador é mais positivo, por ter sido conquistado num ano em que a Sonangol enfrentou um contexto muito adverso, tanto a nível nacional como internacional.

Para a gestora da petrolífera, os resultados obtidos configuram-se como fundamentais para que a empresa assuma, de novo a condição de força motriz da economia angolana e geradora de riqueza para todos os cidadãos da República de Angola. Outro aspecto de relevo destacado na conferência de imprensa foi a manutenção da produção petrolífera que, ao longo de 2016, e apesar de todos os condicionalismos, se manteve acima do valor de um milhão e 700 mil barris por dia, colocando Angola como primeiro produtor de petróleo no continente africano.

“Estes números são o resultado de muitas coisas que temos a acontecer, algumas visíveis como os indicadores financeiros, outras menos visíveis”, realçou a empresária. Isabel dos Santos fez lembrar que em Junho de 2016, quando assumiu a gestão, a SONANGOL, estava numa situação de crise económica, com a empresa em quebra de receitas na ordem dos 60% face a 2013 -2016, com uma dívida elevada e com o preço do barril de petróleo baixo.

“Perante o contexto, a nova gestão da petrolífera decidiu reformular a estratégia do negócio, de forma a conseguirmos elevar as receitas da empresa” afirmou. Por via do programa Sonaplus que visa aumentar as receitas da petrolífera, foi possível obter uma cifra potencial de 183 mil milhões de kwanzas (1,1 mil milhões USD), estando já capturados 43 mil milhões de kwanzas (260 milhões USD).

E na mesma perspectiva foi também adoptado o programa Sonalight que prevê uma redução de custos até 200 mil milhões de kwanzas (1,2 mil milhões USD), sendo que 113 mil milhões de kwanzas (680 milhões USD) estão já aprovados.

Em 2016, com incidência sobretudo no segundo semestre, foi alcançada uma poupança efectiva de 53 mil milhões de kwanzas (320 milhões USD).

O Conselho de administração da Sonangol aponta como exemplo de sucesso do Sonalight a renegociação de contratos na Sonangol, Pesquisa & Produção, o redimensionamento das operações no sector de Shipping e a centralização de volumes e negociação de contratos bem como a racionalização de gastos com os seguros.

Em Dezembro de 2016, a Sonangol divulgou os resultados relativos ao ano de 2015, indicando a realização de um diagnóstico que cobriu “a situação financeira e fiscal, a organização, os processos, os sistemas de informação e as pessoas” e que revelava uma “situação bastante mais grave do que o cenário inicialmente delineado”.

No mesmo exercício, a empresa previu que a receita bruta da Sonangol cairia 5,47%, saindo dos 16.212 milhões para os 15.325 milhões de dólares, com a tendência de queda a manter-se desde a instalação da crise.

Em 2014, a facturação da petrolífera recuou 38,4% para os 24.657 milhões de dólares, depois de ter registado 40.070 milhões de dólares no ano transacto. Entre 2013 e 2015, os lucros derraparam 87,4%, dos 3.089 milhões de dólares para os 389 milhões de dólares. Para 2016, estimou-se uma situação mais agravada, já que, segundo a companhia, “não haverá dividendos para o accionista Estado”.

O Banco Nacional de Angola (BNA) autoriza que os bancos disponibilizem divisas aos operadores económicos envolvidos na exportação e reexportação de mercadorias, num diploma que regula esse tipo de transacções, informou esta semana, a Angop.

 

O documento determina que a totalidade da receita em moeda estrangeira resultante de cada operação de exportação deve ser depositada numa conta bancária em moeda estrangeira titulada pela entidade exportadora.

Esta, prossegue o documento, pode deduzir ao valor total das operações de remessa de bens e serviços, para o estrangeiro, os valores relativos às comissões e despesas como fretes, seguros ou outros encargos legítimos inerentes às operações efectuadas.

A moeda estrangeira resultante da actividade de exportação só pode ser utilizada pelo titular da conta para pagamentos relacionados com a actividade de exportação ou para fazer uma aplicação financeira junto de instituições bancárias em que os fundos se encontrem domiciliados.

A moeda estrangeira resultante da actividade de exportação pode ser ainda utilizada para a compra de moeda nacional, visando o pagamento de despesas com residentes cambiais. Já os pagamentos em moeda estrangeira pela entidade exportadora a entidades não residentes cambiais no estrangeiro ficam sujeitos às regras gerais aplicáveis.

O Presidente José Eduardo dos Santos, deslocou-se hoje (3) para Espanha, em visita privada, segundo informou a Casa Civil do Presidente da República.

 

De acordo com uma nota de imprensa distribuída nesta segunda-feira, o chefe de Estado deixou Luanda com destino a Barcelona, Espanha, em cumprimento da sua agenda pessoal previamente estabelecida.

José Eduardo dos Santos esteve durante 28 dias em Espanha, em Maio passado, também em visita privada, ausência que suscitou, na altura, vários rumores sobre o seu estado de saúde.

DISTINÇÃO. Revista norte-americana Time fez recentemente selecção dos mais importantes livros de gestão das últimas décadas, com temáticas muito voltadas para empreendedores. O VE destaca pelo menos 15 das obras analisadas pela Times.

 

The Age of Unreason (1989), Charles Handy

 Tradução: “A Era da Irracionalidade”

A Era da Irracionalidade Charles Handy e Handy, então um professor visitante da London Business School, descreve na obra as dramáticas mudanças que estavam a ocorrer no quotidiano e no ambiente de trabalho no final da década de 80. As novas tecnologias e a diminuição dos postos de trabalho de período integral, entre outros, fizeram com que fosse necessário abandonar as velhas regras e experimentar novas maneiras de trabalhar uns com os outros. Segundo a revista Times, o livro do professor só cresceu em importância nas décadas seguintes à sua publicação. A ascensão da internet, o crescimento da terciarização e a explosão das redes sociais provaram que sua interpretação dos fatos estava incrivelmente precisa.

Built to Last: 1994, Jim Collins e Jerry Porras

Tradução: “Feitas para Durar: Práticas Bem-sucedidas de Empresas Visionárias”

Essa pesquisa seminal com 18 companhias visionárias, como Disney, 3M e Sony tenta revelar as práticas que levaram essas companhias a se destacar, segundo a análise da Times. Os professores de negócios de Stanford, Jerry Porras e Jim Collins, descobriram que, ao contrário do senso comum, as empresas mais bem-sucedidas não são lideradas por presidentes extraordinários. Ao contrário, o que elas têm em comum é uma forte cultura corporativa. Por outras palavras, contratam profissionais brilhantes e permitem o seu desenvolvimento.

Competing for the Future (1996), Gary Hamel e C.K. Prahalad

Tradução: “Competindo para o Futuro”

Neste livro, Hamel e Prahalad propõem um conceito mais amplo para a definição de estratégia de negócios, uma redefinição que desde então se consolidou como a mais aceita, na visão da revista Times. Segundo a revista, os autores mostram como a planificação estratégica é necessária a todo tempo, não apenas durante pequenos intervalos nos negócios regulares da empresa. Entre os ensinamentos chave do livro está a necessidade de cultivar suas principais competências para não somente se adaptar aos novos tempos, mas também se antecipar às mudanças.

Competitive Strategy: Techniques Analyzing Industries and Competitors (1980), Michael E.Porter

Tradução: “Estratégia Competitiva-técnicas para análise de indústrias e da concorrência”

Por três décadas, este livro de Michael Porter tem sido o ponto de partida para os administradores que querem maximizar o lucro das respectivas empresas num mercado competitivo. O professor da Harvard Business School lista cinco forças competitivas básicas, que condensam e simplificam a complexidade da indústria e são tão relevantes hoje, como em 1980. Com ferramentas passo a passo para ajudar os gestores a seleccionar novas indústrias e a prever como o mercado evoluirá, Porter lista três factores competitivos básicos: custo, diferenciação e foco.

Emotional Intelligence (1995), David Goleman

 Tradução: “Inteligência Emocional”

O que pode explicar o facto de algumas pessoas com alto QI não se darem bem, enquanto outras de QI mais modesto terem um desempenho surpreendentemente bom?, questiona o autor da obra, citados pela revista Times. Características como autocontrole, persistência e motivação são conhecidas como inteligência emocional. Sem elas, escreve Goleman, carreiras são comummente destruídas desnecessariamente. Há esperança, no entanto, “Temperamento não é destino”, escreve o autor. O autor explica que um maior QI emocional pode ser desenvolvido. Persuasivas, as ideias que o autor introduz se tornaram, desde então, meios para treinar o comportamento dos empregados e habilidades de administração.

The E-Myth Revisited: 1985, Michael E. Gerber

Tradução: “O Mito Empreendedor”

O mito a que este livro se refere é o comum. No entanto, o que se procura transmitir é a presunção de que uma pessoa que se sobressai tecnicamente ao trabalhar numa empresa irá chegar ao topo do comando do seu próprio negócio. Gerber destrói o mito mostrando que, além de ser um técnico, um homem de negócios de sucesso precisa também ser um bom gerente e um empreendedor com visão de futuro para a companhia.

The Essencial Drucker (2001), Peter Drucker

Tradução: “Essencial de Drucker”

Com uma sólida carreira de quase 60 anos, Peter Drucker, falecido em 2005, praticamente inventou a teoria da administração, segundo a análise da Times. Durante uma boa parte do XX, o autor foi o ‘querido’ dos CEOs, aconselhando de Alfred Sloan, lendário ex-presidente da General Motors, a Andy Grove, ex-CEO da Intel. Consagrado por conseguir pensar à frente do seu tempo, com mais de 30 livros publicados, talvez o melhor seja começar com esta versão condensada para compreender o pensamento de Drucker, uma poderosa selecção feita por ele mesmo em 2001.

The Fifth Discipline: (1990), Peter Senge

Tradução: “A Quinta Disciplina”

A epifania para a criação deste livro surgiu durante uma manhã quando Peter meditava, segundo assinala a revista Times. Senge, que fundou o Center for Organizatinal Learning da Sloan School of Management, do MIT, baseou a sua obra em cinco disciplinas, ou competências, que devem ser desenvolvidas pelas empresas. Mas o coração do livro, segundo a revista Times, é a quinta disciplina, baptizada de pensamento sistemático, que envolve a análise do complexo sistema de relacionamentos, removendo os obstáculos para o aprendizado genuíno.

First, Break All the Rules (1999), Marcus Buckingham e Curt Coffman

Tradução: “Primeiro Quebre todas as Regras”

De acordo com a revista Times, este livro encoraja os gestores a abandonar as técnicas para formar lideranças que pretendem ser úteis para todas as pessoas. Os consultores da Gallup Buckingham e Coffman fizeram mais de 80 mil entrevistas e descobriram que os melhores gestores são aqueles que escolhem as pessoas certas para o trabalho certo. Entre outras lições da obra estão o tratamento humano aos funcionários e a orientação para ressaltar os pontos fortes dos profissionais ao invés de suas fraquezas.

The Goal (1984), Eliyahu Goldratt

Tradução: “A Meta”

O livro de Eliyahu Goldratt’s é atípico entre as obras de administração por pelo menos duas razões. Primeiro, Goldratt não era um titã da indústria, não leccionava numa escola de negócios, nem actuava como consultor, mas sim como médico. Em segundo lugar, “A Meta” é um livro de ficção centrado no gestor Alex Rogo, que tem três meses para transformar uma planta industrial que não gera lucro em uma operação eficiente. Rogo usa os métodos socráticos para ajudar a melhorar o seu casamento e depois para revolucionar a fábrica