Valor Económico

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As autoridades congolesas proibiram a importação de vários bens de consumo por um período de seis meses na região ocidental da República Democrática do Congo (RDC) para combater o contrabando e proteger a indústria local, noticiou ontem (28) a ‘AFP’.

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Autoridades congolesas mudaram as regras na fronteira A agência cita o ministro do Comércio da RDC, Jean-Lucien Busa, a afirmar, ontem, que a decisão recai sobre o cimento, açúcar, cerveja e refrigerantes, para “pôr fim à fraude e contrabando.”

Esta medida também visa proteger a indústria local do risco de ser absorvida por comerciantes que cobram preços abaixo dos custos de produção, acrescentou o ministro, rejeitando a tese de o país estar a “adoptar o proteccionismo.”

A AFP nota que, na região do sudoeste da RDC, na fronteira com Angola, um mercado próspero atrai pequenos comerciantes que compram a preços “extremamente baixos”, os quais o ministro do Comércio acredita que “não pagam direitos, nem impostos” e constituem uma ameaça à economia congolesa.

Uma cervejeira foi forçada a encerrar duas fábricas nas províncias do Equador (noroeste) e Kongo Central (sudoeste, fronteira de Angola)”, justificou o ministro, sublinhando que a RDC permanece “aberta ao comércio internacional.” Jean-Lucien Busa anunciou também a proibição da exportação de casca de quinquina ou “chinchona officinalis, para privilegiar a sua transformação” pela indústria farmacêutica local.

A cortiça da quinquina contém alcalóides, entre os quais o quinino, utilizado no tratamento do paludismo.

O Governo vai gastar 80 milhões de euros com a manutenção de mais de 1.700 quilómetros de linha ferroviária, contratando para o efeito as mesmas empresas chinesas que reabilitaram as infraestruturas, edificadas ainda no período colonial.

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A informação consta de duas autorizações do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, relativamente à necessidade de assegurar a manutenção das linhas do caminho-de-ferro de Luanda (428) e de Benguela (1.344).

No caso do Caminho de Ferro de Luanda (CFL), cuja linha férrea começou a ser construída em 1881, durante a ocupação colonial por Portugal, a reabilitação, após a guerra civil, foi concluída em 2011, pela empresa China Railway International Group (CRIG).

Agora, num despacho presidencial deste mês, foi aprovado o contrato com a mesma empresa para garantir os trabalhos de manutenção da linha, por 42,9 milhões de dólares.

A contratação da CRIG para o efeito é justificada no mesmo documento face à "incapacidade técnica" da empresa CFL para "levar a cabo os trabalhos de manutenção da linha, que permitam assegurar a segurança da sua exploração".

A mesma argumentação é utilizada num outro despacho presidencial, consultado, em que o chefe de Estado autoriza o Ministério dos Transportes a contratar, por 55 milhões de dólares, a China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20) para garantir, neste caso, a manutenção da linha explorada pelos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB).

A reabilitação daquela linha férrea foi concluída pela CR20 em 2015, voltando assim a fazer-se a ligação, por comboio, entre o litoral, no Lobito, e a fronteira com a República Democrática do Congo, no Luau. A reabilitação da rede ferroviária angolana - incluindo ainda o Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) -, destruída por cerca de 30 anos de guerra civil, custou, entre 2005 e 2015, cerca de 3,5 mil milhões de dólares, e foi garantida por empresas chinesas. "Muitas vezes, e nem sempre de boa-fé, alguns perguntam onde é que vai o nosso dinheiro.Pois bem, a resposta está aí.

Parte da reposta está aqui no Luau, na extensão do CFB", ironizou, em fevereiro de 2015 o ministro dos Transportes de Angola, Augusto da Silva Tomás, na inauguração do troço final daquela linha.

A reabilitação das três linhas nacionais edificadas durante o período colonial envolveu 2.612 quilómetros de rede e a construção de raiz de 151 estações ferroviárias.

Durante estes dez anos, a reabilitação da rede foi utilizada para a passagem de uma linha própria de fibra ótica, tendo sido ainda adquiridas 42 locomotivas, 248 carruagens de várias tipologias e 263 vagões.

As províncias do Bengo, Cabinda e Zaire já têm resultados definitivos das eleições gerais de 23 de Agosto.

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Os resultados nestas províncias estão de acordo com os provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral e já foram aceites pelos partidos da oposição, segundo o ‘Novo Jornal’.

De acordo com os resultados definitivos nestas províncias e já aceites pela UNITA e pela CASA-CE, no Bengo, o MPLA obteve quatro deputados e a UNITA um. Na província de Cabinda, o MPLA e a CASA-CE elegeram dois deputados e a UNITA um.

No Zaire, o partido que sustenta o governo conquistou três deputados, enquanto a CASA-CE e a UNITA elegeram um deputado cada. Angola realizou eleições gerais a 23 de Agosto deste ano, às quais concorreram o MPLA, a UNITA), a CASA-CE, o PRS, a FNLA e a APN.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convidou nesta segunda-feira (28), todos os movimentos políticos e sociais nacionais e internacionais para participarem na Cimeira Internacional de Solidariedade Mundial com a Venezuela, que terá lugar em Setembro.

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A cimeira está marcada para 16 e 17 de Setembro e estará centrada em condenar as sanções financeiras e "ataques" à revolução bolivariana, feitas pelo "poder económico mundial". "Companheiros de todo o mundo, de toda a América, das Caraíbas, dos EUA e da Europa (...): espero ver-vos a 16 e 17 de Setembro.

O mundo inteiro está convidado para a jornada de diálogo, paz e soberania do povo da Venezuela", afirmou, num vídeo divulgado através da rede social Twitter.

Segundo Nicolás Maduro, a Venezuela "está a ser ameaçada - como nunca antes -pelo império do norte". "Os supremacistas que governam os Estados Unidos ameaçaram a Venezuela com sanções, perseguições financeiras e ameaças militares e temos uma só resposta: a solidariedade e a vitória", avançou.

A Casa Branca impôs na sexta-feira novas sanções financeiras à Venezuela, entre as quais a proibição de comprar obrigações emitidas pelo Estado venezuelano ou pela companhia petrolífera nacional. "Não ficaremos parados perante o desmoronamento da Venezuela", disse a Casa Branca no comunicado que anunciava as sanções.

Pelo menos 13 pessoas morreram e outras 19 ficaram feridas na sequência de um atentado suicida durante a passagem de um veículo do exército afegão na província de Helmand, no sul do Afeganistão, noticiou hoje (28) a ‘Reuters’.

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O atentado verificou-se às 18h30 locais, no distrito de Naea, quando um atacante suicida detonou os explosivos que transportava à passagem de um veículo militar, informou o porta-voz do governador provincial, Omar Zwak. O chefe distrital, Agha Mohammad, confirmou o atentado contra a patrulha do exército afegão, assinalando que não existe nenhum posto de controlo onde a explosão ocorreu, pelo que o veículo foi o alvo escolhido.

Os talibãs reivindicaram o atentado através de um comunicado, onde destacam o "heroico" combatente que perdeu a vida contra as "tropas mercenárias". O atentado surge dias depois de um outro ataque suicida contra uma mesquita da minoria muçulmana xiita em Cabul, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico, em que morreram pelo menos 28 pessoas e mais de 50 ficaram feridas.

Esse ataque foi o primeiro de grande envergadura ocorrido no Afeganistão desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na passada segunda-feira uma nova estratégia, que inclui o envio de mais tropas norte-americanas.

Segundo informações do Inspector Especial norte-americano para o Afeganistão divulgado este mês, a guerra no Afeganistão está "estancada", com os insurgentes a controlarem 40 porcento do país.