Valor Económico

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Presidente do Tribunal Constitucional recordou ao novo Presidente as suas promessas de campanha, em particular o combate à corrupção generalizada no país. Rui Ferreira ficará na história como a figura que empossou dois Presidentes da República.

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No veemente apelo a João Lourenço para que este cumpra as suas promessas de campanha, o magistrado referiu que o novo líder angolano dispõe de uma “via expressa” para o fazer.

No seu apelo, o presidente do Tribunal Constitucional, que também faz de Tribunal Eleitoral, referiu-se ao lema de campanha do MPLA e destacou a luta contra a corrupção, o fortalecimento do Estado democrático e de Direito, a diversificação da economia e melhoria da qualidade de vida dos angolanos como parte dos desafios do PR.

A “via expressa” e o combate à corrupção mereceram enfase nas reacções avulsas ao pronunciamento, com várias sensibilidades lembrando a questão sobre um suposto mandato fora de prazo de Rui Ferreira, ou seja, numa situação em que a sua continuação configurará não apenas uma ilegalidade, mas o resultado de algum arranjo político.

Com efeito, a Constituição angolana estabelece um mandato único de sete anos para os 11 juízes do TC, sendo que Ferreira consta entre os quatro magistrados indicados pelo Presidente da República em Junho de 2008.

A aparente violação da Constituição tem sido objecto de debates desencontrados. O deputado do MPLA João Pinto, por exemplo, nega qualquer ilegalidade na permanência do antigo advogado de José Eduardo no cargo, o argumento de que o princípio da nomeação diferida dos juízes conselheiros, que barra a substituição simultânea de todos os juízes daquele órgão, é suficiente para justificar a continuação.

Cumpridos nove anos de mandato, resta saber se o novo Presidente da República tomará à letra o apelo para combate à corrupção, pondo fim a uma situação que diferentes sectores encaram como exemplo de corrupção política no país.

A multinacional angolana de telecomunicações, Angola Cables, dedicada à comercialização de circuitos internacionais de voz e dados por cabos submarinos de fibra óptica, apresenta importantes novidades sobre os grandes projectos internacionais de telecomunicação na Futurecom 2017.

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Para isso, a empresa conta com um stand de 50 metros quadrados na rua E12 e vai participar num painel dedicado ao tema cabos submarinos. O evento decorre a partir de hoje até sábado, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, Brasil.

A rede de conectividade internacional da Angola Cables vai estar concluída com a entrada em serviço dos três sistemas submarinos que atravessam o Oceano Atlântico e os seus “datacenters” instalados em Luanda e Fortaleza.

Os sistemas submarinos são compostos pelo WACS (West African Cable System), que actualmente conecta 11 países da costa ocidental africana a três europeus e encontra-se em processo de ampliação; SACS (South Atlantic Cable System), que vai fazer a conexão entre o continente africano e a América Latina, ligando Luanda e Fortaleza, previsto para entrar em operação em Julho de 2018; e o Monet, cabo responsável pela ligação entre o Brasil e os Estados Unidos da América (EUA), com a conclusão prevista para Novembro deste ano.

A Angola Cables ainda possui o Angonap, “datacenter” localizado em Luanda, já operacional e em processo de expansão, e o “datacenter” de Fortaleza, em fase de construção. Este último, juntamente com o SACS e o Monet, exigiram um investimento de cerca de 300 milhões de dólares norte-americanos.

De acordo com Artur Mendes, director comercial e marketing da Angola Cables, “os projectos dos ‘datacenters’ e dos cabos são passos importantes na afirmação da empresa, que servirá de ponte digital para os principais centros de produção e alojamento de conteúdos, produtos e serviços de telecomunicações.

Com esta rede transatlântica em operação, os agentes do mercado terão rotas de maior eficiência e alternativas de troca de conteúdos”.

A Angola Cables vai participar num painel que abordará os factores essenciais que viabilizam o uso de cabos submarinos. Em apenas dois anos, o uso da capacidade instalada de banda larga no Mundo praticamente duplicou.

Considerando apenas a América Latina, o crescimento anual da procura ultrapassa os 40 %. A região é a que mais deve receber investimentos em cabos submarinos de fibra óptica, entre 2016 e 2018.

O painel, que acontece no Auditório Argentina, na quarta-feira, às 17h15, conta com as participações de Artur Mendes, em representação da Angola Cables, assim como representantes de outros sistemas de cabos submarinos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) instou no fim-de-semana, em Genebra, a República Democrática do Congo (RDC) a publicar “rapidamente” um calendário eleitoral “realista”, tendo em vista a aproximação da data limite para organizar as eleições gerais no país, que devem culminar com a sucessão do actual Presidente congolês Joseph Kabila, noticiou a agência de notícias France Press.

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Uma resolução sobre essa matéria, depositada pela Tunísia em nome dos países africanos, foi adoptada pelo Conselho dos Direitos Humanos por 45 votos, um contra (EUA) e uma abstenção (Coreia do Sul).

A resolução aprovada insta as autoridades congolesas a “publicar, o mais depressa possível, um calendário eleitoral realista”, em conformidade com o acordo de 31 de Dezembro de 2016, e encoraja o Governo congolês a “criar sem delongas as condições necessárias à realização de eleições livres, transparentes, abertas e pacíficas, em particular na perspectiva das eleições legislativas e presidenciais”.

A ONU analisou, em Nova Iorque, à margem da sua 72.ª Assembleia-Geral, que terminou recentemente, o impasse na RDC, quando se aproxima o 31 de Dezembro, fim do prazo para, à luz do acordo de São Silvestre, serem realizadas as eleições presidenciais.

O encontro decorreu à porta fechada, sem a presença do Chefe do Estado congolês, mas com a dos seus principais opositores, Félix Tshisekedi e Moïse Katumbi, que exigiram uma “transição” sem Joseph Kabila para a preparação das eleições e apontam àquele responsabilidades “no desrespeito da Constituição e do acordo de 31 de Dezembro de 2016”.

Kinshasa prometeu publicar em breve um calendário eleitoral “realista”, após ter recenseado mais de 40 milhões de eleitores, sem incluir a região do Kasai.

A Comissão Eleitoral Independente considerou que a publicação do calendário estava ligada aos vários pré-requisitos, nomeadamente o voto de algumas leis no Parlamento.

Um segundo consórcio público-privado foi autorizado pelo Governo a procurar ouro numa área de concessão de mais de 195 quilómetros quadrados do enclave de Cabinda, num investimento superior a 4,2 milhões de dólares.

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Conforme um segundo despacho do género deste mês, assinado pelo ministro da Geologia e Minas (antes da posse do novo Presidente, João Lourenço), aprova este contrato de investimento mineiro com a sociedade Mongo Mongo Mineração Limitada, participada pela Ferroangol (20%), Grupo Southwind Limitada (65%) e Sofispa (20%), atribuindo os direitos mineiros para a prospeção de ouro na área a concessionar.

A concessão, segundo o documento assinado pelo agora ex-ministro Francisco Queiroz, é feita por até cinco anos, prorrogáveis até 35 anos, ficando aquela sociedade responsável por pagar um taxa de superfície durante o tempo que durar a fase de prospeção, entre os cinco e os 35 dólares (do primeiro ao quinto ano de prospeção).

Duas das empresas envolvidas nesta sociedade - a Ferroangol e os privados da Sofispa - estão envolvidos numa outra, a Lombe Mining Limitada, que neste caso vai procurar ouro mais de 381 quilómetros quadrados também do enclave de Cabinda, prevendo um investimento superior a 5,6 milhões de dólares.

A extração de ouro já acontece em Cabinda, mas de forma artesanal e por vezes ilegal, o que levou à abertura, por parte do ministério da Geologia e Minas, de algumas lojas para a "captação" desse ouro.

A aposta neste subsetor mineiro motivou a criação, em maio de 2014, da Agência Reguladora do Mercado do Ouro de Angola.

O Presidente da República, João Lourenço, nomeou hoje (28), por decreto presidencial, os membros do seu Executivo. A tomada de posse dos ministros e governadores, está marcada para o próximo sábado, 30 de Setembro, às 8 horas, no Palácio Presidencial, em Luanda.

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Os eleitos do novo Chefe de Estado foram hoje aprovados pelo Bureau Político do MPLA, sendo que nove transitam do Executivo anterior com as mesmas pastas. É o caso dos titulares das Pescas, Agricultura, Finanças, Indústria, Telecomunicações, Interior, Energia e Águas, Transportes e Cultura.

Há também casos em que os nomeados passaram de secretários de Estado a ministros, como aconteceu com Adão Almeida, do antigo Ministério da Administração do Território, rebaptizado Ministério do Território e Reforma do Estado.

A lista de João Lourenço destaca-se ainda pelo reforço da presença feminina em relação ao Governo anterior, composto por oito ministras. Agora, para além de dez mulheres à frente dos cerca de 30 ministérios, a secretaria do Conselho de Ministros também é liderada por uma mulher.

MINISTROS

Ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social

Manuel José Nunes Júnior

Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República

Pedro Sebastião

Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República

Frederico Manuel dos Santos e Silva Cardoso

Ministro da Defesa Nacional

Salviano de Jesus Sequeira

Ministro do Interior

Ângelo de Barros da Veiga Tavares

Ministro das Relações Exteriores

Manuel Domingos Augusto

Ministro das Finanças

Augusto Archer Mangueira

Ministro do Território e Reforma do Estado

Adão Francisco Correia de Almeida

Ministro da Administração Pública, Trabalho de Segurança Social

António Rodrigues Afonso Paulo

Ministro da Agricultura e Florestas

Marcos Alexandre Nhunga

Ministra da Indústria

Bernarda Gonçalves Martins

Ministro da Energia e Águas

João Baptista Borges

Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos Diamantino

Pedro Azevedo

Ministro dos Transportes

Augusto da Silva Tomás

Ministro da Construção e Obras Públicas

Manuel Tavares de Almeida

Ministra das Pescas e do Mar

Victória de Barros Neto

Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação

José Carvalho da Rocha

Ministra do Ordenamento do Território e Habitação

Ana Paula de Carvalho

Ministro da Economia e Planeamento

Pedro Luís da Fonseca

Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação

Maria do Rosário Bragança Sambo

Ministra da Educação

Maria Cândida Teixeira

Ministra da Saúde

Sílvia Paula Valentim Lutucuta

Ministra da Hotelaria e Turismo

Maria Ângela Teixeira Bragança

Ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher

Victória Francisco Correia Conceição

Ministra da Cultura

Carolina Cerqueira

Ministra da Juventude e Desportos

Ana Paula Sacramento Neto

Ministro da Comunicação Social

Aníbal João da Silva Melo

Ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria

João Ernesto dos Santos Liberdade

Ministro do Comércio

Joffre Van-Dúnem Júnior

Ministra do Ambiente

Paula Cristina Francisco Coelho

Secretária do Conselho de Ministros

Ana Maria de Sousa e Silva

GOVERNADORES

Luanda

Adriano Mendes de Carvalho

Benguela

Rui Falcão

Cabinda

Eugénio César Laborinho

Zaire

José Joana André

Uíge

Mpinda Simão

Bengo

João Bernardo de Miranda

Kwanza-Norte

José Maria Ferraz dos Santos

Kwanza-Sul

Eusébio de Brito Teixeira

Malanje

Norberto Fernandes dos Santos

Lunda-Norte

Ernesto Muangala

Lunda-Sul

Ernesto Fernando Kiteculo

Moxico

Manuel Gonçalves Muandumba

Huambo

João Baptista Kussumua

Bié

Álvaro Manuel de Boavida Neto

Namibe

Carlos da Rocha Cruz

Huíla

João Marcelino Tyipinge

Cunene

Kundhi Paihama

Kuando-Kubango

Pedro Mutinde