Valor Económico

Valor Económico

Quatro indivíduos que seriam membros da organização neonazista ilegal britânica Acção Nacional foram detidos por suspeita de prepararem atentados informou a Polícia britânica nesta terça-feira (5) citada pela AFP.

e2f9bc82c4

De acordo com o Ministério britânico da Defesa, haveria militares entre eles. "Estamos em condições de confirmar que vários membros do Exército foram detidos pela Polícia", indicou o Ministério num comunicado, sem identificá-los.

"Essas detenções foram resultado de uma operação da força da Polícia do Ministério do Interior apoiada pelo Exército", disse a pasta, acrescentando que existe uma investigação em curso "e seria inapropriado fazer mais comentários" sobre o caso.

Com idades entre 22 e 34 anos, os homens "foram detidos por suspeita de estarem envolvidos na tentativa, preparação e incitação de atentados terroristas", anunciou a Polícia da região de West Midlands.

"Estão a revistar várias propriedades, em relação com as detenções. As detenções foram planejadas antecipadamente. Não havia ameaça à segurança do público", acrescentava o comunicado, descartando que houvesse perigo iminente de um atentado.

Em Dezembro de 2016, a Acção Nacional se tornou a primeira organização de extrema-direita proibida no Reino Unido pelo seu carácter "terrorista". Na época, a ministra do Interior, Amber Rudd, justificou a medida, alegando tratar-se de um grupo "racista, anti-semita e homofóbico que incita o ódio, glorifica a violência e promove uma ideologia vil".

No último ano e meio, o Reino Unido viveu dois atentados de extrema-direita: o assassinato da deputada trabalhista Jo Cox, em Junho de 2016, e o atropelamento com uma viatura de um grupo de muçulmanos que saía de uma mesquita de Londres.

Neste episódio, um homem morreu, e várias pessoas ficaram feridas. A Acção Nacional elogiou o assassinato de Cox.

Na sua conta no Twitter, o grupo defendeu "o sacrifício" feito por Thomas Mair, o homem que matou a deputada a tiros e facadas em 16 de Junho, uma semana antes do referendo sobre o Brexit. Mair foi condenado à prisão perpétua pelo crime.

Pelo menos oito pessoas, incluindo quatro agentes de segurança, morreram em três incidentes separados no sudoeste do Paquistão e em Karachi, informou a AFP.

pakistan fran

O primeiro ataque aconteceu na segunda-feira, quando combatentes realizaram uma emboscada contra um comboio do Frontier Corps, unidade policial, no distrito de Panjgoor, no Baluchistão. Três agentes morreram e três ficaram feridos.

O ataque não foi reivindicado, mas as autoridades acreditam que foi executado por separatistas do Baluchistão. Noutro incidente, a polícia Karachi, sul do país, matou quatro supostos talibãs durante um tiroteio.

"Matamos quatro combatentes, incluindo Maulvi Fazlullah, primo do líder do Tehreek-i-Taliban Pakistan (TTP), durante um tiroteio", disse à AFP Rao Anwar Ahmed, chefe de polícia em Karachi.

O terceiro incidente aconteceu no sábado em Karachi, onde supostos combatentes mataram um policial.

A Unitel estabeleceu, em Agosto, dois novos acordos de parceria que permitiram alargar os seus serviços para o Burundi e Luxemburgo.

images cms image 000006235

De acordo com uma nota a que a Angop teve acesso, a operadora, através de um acordo com operadora Orange, fez chegar o serviço de Roaming GPRS a Luxemburgo.

Com esta parceria, a Unitel vai permitir aos seus clientes desfrutarem do serviço pré-pago quando viajarem para este destino europeu.

Esta opção junta-se aos serviços de Voz pós-pago e de camel pré-pago, também disponíveis em Luxemburgo. No Burundi, a Unitel reforçou também o sinal do serviço pré-pago tornando-se agora parceira da operadora Smart/Lacellé.

CASAS DE CHAVES. Novo negócio ligado à produção e reprodução de chaves para os mais vários fins ganha terreno em Luanda. Negócio chega a gerar, em alguns casos, receitas na ordem de meio milhão de kwanzas.

4N8A8685F

A reprodução de chaves, das mais várias tipologias e modelos, é um negócio que começa a ganhar alguma proporção, em vários pontos de Luanda. A actividade, estando ainda muito longe daquilo que a ‘grande’ indústria metalúrgica nacional oferece, em termos de produtos, tem servido de alternativa para satisfazer as necessidades de muitos cidadãos.

Entre os produtos confeccionados, nessa pequena actividade de transformação de metais, destacam-se produção e reprodução de chaves para residências, viaturas e motorizadas.

Numa ronda efectuada por algumas dessas casas, em Luanda, o VE constatou que alguns dos profissionais que se dedicam a esta actividade trabalham por conta própria, enquanto outros por conta de outrem, sendo que, neste último caso, o proprietário do negócio nem sempre é quem executa o trabalho, que é atribuído a um segundo indivíduo, dispondo o primeiro apenas do espaço e material para a efectivação do trabalho.

O processo de reprodução de chaves, em si, apresenta-se, à partida, simples, requerendo materiais como, por exemplo, a lima e duas máquinas especializadas para o trabalho, sendo uma que serve de suporte para apertar a chave partida e outra para efectuar a duplicação à medida da chave antiga.

Esse modelo serve, no entanto, para quem dispõe de alguma verba para poder adquirir a máquina de duplicação que normalmente é importada, sobretudo de países como a China. Os preços, porém, variam de acordo os modelos da máquina.

NEGÓCIO DE VÁRIAS OPORTUNIDADES

O negócio pode também ser executado por quem dispõe de poucos recursos financeiros, conforme relatado por alguns profissionais da actividade, desde que os interessados consigam um espaço num ponto bem frequentado da cidade. Entretanto, aqui, ao contrário das chaves codificadas e especiais, a preferência deverá recair sobre as chaves simples que exigem apenas uma lima para se obter o protótipo original.

É o caso de Hebreu Quilumbo, de 24 anos de idade, chaveiro de profissão há cinco. Trabalha na loja AQM comercial, na Avenida Revolução de Outubro, “uma casa que já reproduz chaves há cerca de 18 anos”.

Quilumbo consegue “viver normalmente”, reproduzindo vários tipos de chaves e, como diz, tem tido rentabilidade já que consegue “pagar o ensino superior com o dinheiro que ganha”.

O jovem profissional reproduz chaves do tipo “direito, esquerda e algumas de viaturas” e os preços variam, conforme a exeigência. Uma chave normal de casa custa mil kwanzas, enquanto as especiais variam entre os três mil e os quatro mil kwanzas’.

Para as chaves não codificadas para viaturas, Hebreu cobra 2.500 kwanzas. Já para as codificadas, os preços rondam entre os 20 mil e 80 mil kwanzas. Durante o dia, Quilumbo chega a amealhar, em média, entre 20 mil e 25 mil kwanzas só a reproduzir chaves residenciais. Com a reprodução de chaves para viaturas, os ganhos situam-se entre os 25 e 30 mil kwanzas.

Feitas as contas, Quilumbo declara que consegue acumular, em média, num mês, um total de aproximadamente 600 mil kwanzas.

“Também reproduzimos chaves de motorizadas, mas, neste caso em particular, não temos sido solicitados com muita frequência”, esclareceu. Hebreu Quilumbo trabalha com quatro ajudantes e cada um recebe entre 30 e 40 mil kwanzas de salário mensal.

A equipa de reportagem do VE contactou também Santos Mbendo, um jovem de 36 anos e que se dedica à reprodução de chaves há três, numa loja, em Viana. Mbendo trabalha sozinho, mas é empregado de alguém. O seu trabalho inclui também reprodução de chaves para carros, motos e para portas de residências e, às vezes, para cofres.

Quase sempre Mbendo é solicitado para reproduzir chaves de carros de marca Toyota, Hyundai e Mitsubishi, mas, ao VE, disse que pode reproduzir chaves de outras marcas, faltando-lhe apenas algum material.

As condições para reproduzir uma chave dependem muito do formato, mas o início da produção é antecedido de algumas regras. “O cliente traz a chave que pretende reproduzir e vê se consta no modelo de chaves lisas que temos no stock. Havendo no stock, discutimos e acordamos o preço, e começamos logo a reprodução”, explica Mbendo.

O fabricante cobra dois mil kwanzas por uma chave normal de uma viatura, e entre mil e três mil kwanzas para chaves residenciais.

Ao fim do dia, Mbendo consegue juntar entre 20 e 25 mil kwanzas, mas o valor é repartido com o dono da loja que fica com a maior parte. Além de sustentar a sua família, Mbendo já conseguiu casa própria, com os salários de chaveiro.

Em relação ao material, Mbendo diz que é importado da China, sendo que, neste momento, usa duas máquinas diferentes, no caso o ‘torno’ (máquina eléctrica) e outra ‘manual’ que só é “utilizada quando não há luz eléctrica”.

Alex Dyakumbanza, outro chaveiro na profissão há sete anos, abriu uma casa nova de reparação de ignição de viaturas e motos, em parceria com o seu ajudante há dois meses, em Cacuaco.

Dyakumbanza afirmou que, por enquanto, a procura pelos seus serviços “é acanhada”, pelo que tem reproduzido em “quantidades reduzidas”. Ao contrário de Mbendo e Quilumbo, Dyakumbanza não consegue, por enquanto ,reproduzir as chaves especiais e as codificadas, devido à “falta de material completo” pelo que não cobra “preços exorbitantes”. Por enquanto, estão fixados entre 400 e 500 kwanzas.

Dyakumbanza também utiliza uma lima e uma máquina de marca chinesa para atender os poucos clientes que recebe actualmente. Nos cálculos deste chaveiro, cinco a sete minutos é o tempo suficiente para a reprodução de uma chave. “A inteligência e a criatividadescontam muito para o sucesso da profissão”, defende.

INOVAÇÂO. ‘Estcoin’ pode tornar-se na primeira moeda nacional digital do mundo. Ao adoptar a medida, a Estónia pretende criar um fundo de investimento digital.

21322901 810808669044285 1045327359 n

O governo da Estónia apresentou uma proposta para criar a primeira moeda nacional digital, a ‘estcoin’, que funciona como as já conhecidas ‘bitcoins’. Kaspar Korjus, director do programa estatal e-Residência (que pretende que tudo o que esteja relacionado com a vida dos cidadãos seja tratada digitalmente), escreveu num ‘blog post’ que a ideia é que estas criptomoedas beneficiem a Estónia e os seus e-residentes internacionais.

Segundo a publicação tecnológica The Next Web, com o lançamento desta moeda digital, a Estónia – considerado o país mais digital do mundo – quer ser o primeiro país a criar um fundo de investimento digital, que teria uma oferta de moedas inicial (ICO), equivalente às ofertas públicas iniciais (IPO) que já existem nos mercados e permitem que as empresas sejam cotadas em bolsa.

O fundador da moeda digital ‘Ethereum’, Vitalik Buterin, afirmou que “uma ICO dentro do ecossistema da E-residência criaria um incentivo de alinhamento forte entre os e-residentes e o fundo e, além do aspecto económico, isto faria com que os e-residentes se sentissem mais como uma comunidade, porque há mais coisas que poderiam fazer juntos”.

Buterin tem acompanhado de perto o desenvolvimento digital da Estónia – país que também teve o primeiro-ministro mais jovem da União Europeia – e acredita que lançar uma moeda digital oficial permitiria criar novas formas de os investidores apoiarem o sucesso de um país.

Korjus explica que há várias formas de gerir este tipo de fundos, mas que uma das opções seria replicar a estrutura do fundo de petróleo norueguês: o dinheiro angariado através da ICO seria investido em operações públicas e privadas, que fariam com que a Estónia evoluísse enquanto nação digital.

O facto de os cidadãos da Estónia já terem um sistema de identificação digital permitiria que isto acontecesse mais facilmente. “Acreditamos que as identidades digitais seguras que já temos são a melhor solução para transaccionar activos encriptados num ambiente digital transparente e de confiança. Evitaria que fossem utilizadas em actividades ilegais.

Ainda estamos a discutir esta ideia, mas podemos ter uma opção em que as pessoas se poderiam identificar, mas poderiam transaccionar de forma anónima, se quisessem. Se alguma coisa corresse mal, os reguladores teriam transparência”, afirmou.