ZUNGUEIRA
Valor Económico

Valor Económico

A partir do início de 2018, o preço dos medicamentos para diabetes, em Angola, pode ser mais barato, uma vez que, por decisão presidencial, a sua importação estará isenta do pagamento de direitos aduaneiros.

22711304 839538126171339 1134543885 n

A decisão foi tomada recentemente, quando os ministros discutiam a nova pauta aduaneira harmonizada, que começará a vigorar antes do fim de 2017. Dados disponíveis indicam que cerca de 150 mil pessoas são diabéticos, quando o país não dispõe de serviços adequados para o controlo e atendimento dos pacientes.

A especialista em endocrinologia e bioquímica clínica, e responsável do programa para controlo da Diabetes Mellitus nas Forças Armadas Angolanas (FAA), Manuela Sande, disse que a medida vai ter grande impacto na vida dos diabéticos. Manuela Sande em entrevista à Angop, afirmou que as diabetes e a hipertensão arterial são doenças crónicas cujo tratamento deve ser feito diariamente e durante toda a vida do doente, daí a pertinência da decisão do Chefe do Executivo.

Considerou a isenção de imposto como uma “medida bem tomada” para o controlo das diabetes, porque vai tornar os preços dos medicamentos mais acessíveis. A médica citou o exemplo da embalagem de metformina, um dos remédios mais usados contra as diabetes, que actualmente custa dois mil kwanzas.

Uma ampola de insulina, que é injectada aos pacientes em função do grau da glicemia (presença de glicose no sangue) e utilizado por um grande número de doentes, é vendida a sete mil kwanzas, acrescentou. No mesmo sentido da especialista Manuela Sande, a presidente da Associação dos Diabetes de Angola (ASDA), Filomena Domingos Quiosa, concorda com a medida do Presidente da República.

Mas defende a construção de uma clínica para o tratamento e controlo das doenças crónicas não transmissíveis, a par de outras iniciativas para minimizar a situação. "A situação torna-se mais preocupante já que diariamente são amputados muitos cidadãos nos hospitais do país para impedir a progressão das feridas”, alertou.

A obesidade, tabagismo, sedentarismo, gravidez em idades avançadas e desregramento dos alimentos são apontados como alguns dos agentes causadores das diabetes.

A fábrica de cimento no Kwanza-Sul informou ontem (18), em nota, às autoridades daquela região que prevê a paralisação dos trabalhos a 1 de Novembro, devido à falta de fornecimento de combustível.

FCKS Yetu1 580x338

Aquela unidade industrial escreveu à direcção provincial da indústria do Kwanza-Sul a dar conta da situação, que se arrasta desde Janeiro deste ano, e que se junta a outros problemas que o sector está a atravessar no país, fazendo disparar o preço do cimento.

Para o funcionamento daquela fábrica é necessário combustível do tipo HFO, que serve para a queima de clínquer, matéria-prima para a produção de cimento, bem como para o funcionamento das máquinas.

Segundo o director provincial da Indústria no Kwanza-Sul, Honorato Konjanssile, a situação é “preocupante”, tendo em conta que se trata da maior unidade fabril naquela província.

"É a maior indústria que temos aqui, porque para além da capacidade de produção, que era de cerca de um milhão e 200 sacos por dia, temos matéria-prima suficiente como é o calcário e argila, temos material suficiente para dar continuidade à fábrica por mais 80 anos de vida", disse.

Dada a escassez de cimento em Angola, o preço do saco de cimento já duplicou no mercado nacional, assunto que inclusive foi abordado pelo Presidente da República, João Lourenço, no seu discurso sobre o estado da Nação, na segunda-feira (16).

"Verifica-se uma concorrência desleal na indústria de cimento, que fez disparar os preços do cimento no mercado pela paralisação de duas unidades fabris, situação que urge pôr cobro de imediato", disse João Lourenço. Sobre o assunto, a ministra da Indústria, Bernarda Martins, disse que existem no mercado cinco indústrias de produção de cimento, estando duas delas a viver atualmente "constrangimentos muito sérios no domínio energético".

Segundo a ministra, estes constrangimentos já se arrastam desde o início do segundo semestre deste ano: "O executivo, está a tentar ajudar a que estas empresas consigam ultrapassar esses constrangimentos, para que rapidamente possam voltar a operar para não prejudicar a oferta de cimento no mercado".

Pela capacidade instalada, o setor dos cimentos em Angola é autossuficiente, o que levou anteriormente o Governo a proibir a importação do produto.

O governo da Espanha anunciou nesta quinta-feira (19), que continuará com a aplicação do artigo 155, que permite intervir nos assuntos de uma região, ao considerar que o presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, não respondeu de modo satisfatório ao requerimento para desistir de suas ambições independentistas.

2016 10 25t153518z 909959108 s1aeujajisaa rtrmadp 3 spain politics e1477410032229

"Em consequência, o governo da Espanha continuará com os trâmites previstos no artigo 155 da Constituição para restaurar a legalidade na Catalunha", afirmou o governo em um comunicado, em referência ao artigo que permite assumir o controlo de uma região em circunstâncias excepcionais.

A visita do papa Francisco ao Peru, de 18 a 21 de Janeiro de 2018, vai custar ao país cerca de 11,4 milhões de dólares, informou, quarta-feira (18), o ministro do Trabalho, Alfonso Grados, coordenador nacional da viagem papal, segundo a AFP.

FranciscoAudenciaGeneral ACIPrensa 301015

"O custo avaliado pelo Estado é de 37 milhões de soles (cerca de 11,4 milhões de dólares) ", disse o ministro em conferência de imprensa. Informou que esse orçamento compreende as três cidades que o papa vai visitar no país.

Depois de visitar o Chile, o pontífice argentino chega a Lima na tarde do dia 18 de Janeiro. No dia seguinte vai ter actividades em Puerto Maldonado, região amazônica de Madre de Dios, onde se reúne com comunidades nativas.

Em 20 de Janeiro viaja a cidade nortenha de Trujillo e no dia 21 encerra as suas actividades na capital, com uma visita ao santuário de Señor de Los Milagros e uma missa. O Peru não recebe um pontífice desde Maio de 1988, quando João Paulo II participou no Congresso Eucarístico.

A estabilidade e a segurança nos países da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) vão dominar hoje, quinta-feira (19) em Brazzaville (Congo), a VII Cimeira de Chefes de Estado de Governo da organização, que será marcada pela passagem da Presidência rotativa de Angola para o país anfitrião.

20171015084710sassou nguessohoje

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, vai discursar na cerimónia de abertura para reafirmar o compromisso de Angola com a estabilidade e desenvolvimento regionais e proceder o balanço dos dois mandatos consecutivos na liderança da organização, iniciados em 2014, pelo antigo Presidente José Eduardo dos Santos.

A agenda reserva a seguir o momento em o Presidente João Lourenço procederá a entrega formal da liderança ao homólogo congolês, Denis Sassou Nguesso.

À porta fechada, os estadistas vão analisar a situação de segurança na região, com enfoque para as preocupantes realidades que se vivem nas Repúblicas Democrática do Congo (RDC), Centro Africana (RCA), Burundi, Sudão do Sul e do Sudão.

Neste aspecto, deverão avaliar as recomendações dos ministros da Defesa sobre a região dos Grandes Lagos, para debelar os focos de instabilidade nestes países membros.

Os Chefes de Estado e de Governo vão ainda avaliar as recomendações dos ministros ligados à exploração mineira, para evitar que os recursos resultantes desta actividade, algumas vezes ilegais, sejam usados para financiar conflitos em países da região.

A agenda reserva também a análise da proposta dos ministros ligados à juventude, sobre a criação de mais postos de empregos para a camada juvenil, visando garantir a sua inserção social e económica, pelo seu impacto na estabilidade social.

O orçamento da organização para os próximos dois anos e a questão do fundo especial para a reconstrução e desenvolvimento regionais constam igualmente da agenda da VII cimeira de Chefe de Estado e de Governo da CIRGL, que vai decorrer sob o lema: “Acelerar a implementação do pacto para garantir a estabilidade e o desenvolvimento da região dos Grandes Lagos”.

No final da reunião deverá ser adoptada a “Declaração de Brazzaville”, que deverá conter recomendações para a estabilidade política e o desenvolvimento da região.

A Cimeira é o órgão máximo da Conferência, sendo presidida “por um Chefe de Estado ou de Governo de um Estado membro, por rotatividade”.

Norteiam a CIRGL, quatro eixos fundamentais, nomeadamente, a paz e segurança; democracia e boa governação; desenvolvimento económico e integração regional, bem como questões humanitárias e sociais. Integram a CIRGL as repúblicas de Angola, Burundi, Centro-Africana, do Congo, Democrática do Congo, Quénia, Uganda, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.

Ainda nesta quinta-feira, Brazzaville vai acolher a VIII reunião de alto nível do mecanismo regional de supervisão do quadro de paz, segurança e cooperação para a RDC e a região dos Grandes Lagos, com a participação de representantes da União Africana e das Nações Unidas.