Valor Económico

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O ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, regressou ontem (11) ao país, depois de cumprir visitas de trabalho às Repúblicas de França e da Itália, na qualidade de enviado especial do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, no quadro do reforço das relações de cooperação com os dois países.

 

Em França, primeira etapa da visita ao continente europeu, João Lourenço foi recebido segunda-feira (10), em audiência, pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, durante a qual procedeu à entrega de uma mensagem do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Durante a audiência, Emmanuel Macron manifestou o interesse da França em reforçar as relações de cooperação com Angola, que se circunscrevem aos sectores dos petróleos, da indústria agro-alimentar, banca, educação e construção civil.

Já na Itália, o ministro da Defesa Nacional manteve, terça-feira (11), um encontro com o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, a quem transmitiu uma mensagem verbal do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos. Na ocasião, os dois interlocutores passaram em revista as relações entre os dois Estados, que são consideradas “excelentes”, assim como a situação política, com realce para a realização de eleições que terão lugar em Angola, em Agosto próximo, e no próximo ano, na Itália.

Além de João Lourenço, que chefiou a delegação, integraram a comitiva angolana o secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, bem como oficiais superiores do Ministério da Defesa Nacional.

O Ministério da Agricultura procede hoje (12), no Moxico, à abertura oficial da campanha florestal/2017 e à apresentação dos resultados do Programa Dirigido para a Produção de Mel e de Arroz, sob o lema ‘Reforçar para promover o desenvolvimento’, O acto de abertura da campanha e apresentação deste programa vai ser feito pelos secretários de Estado para a Agricultura, José Amaro Tati, e Recursos Florestais, André de Jesus Moda, respectivamente.

 

E prolonga-se até sábado (15). No certame, serão debatidos, entre vários temas, as políticas do Ministério da Agricultura para impulsionar o sector no actual contexto económico, a formação de quadros no novo paradigma de diversificação da economia e o fomento à indústria madeireira para a criação de empregos, segundo uma nota de imprensa enviada à Angop.

O evento conta com a presença do governador do Moxico, João Ernesto dos Santos ‘Liberdade’, membros do governo, deputados, representantes de instituições financeiras nacionais, académicos, empresários do sector agro-pecuário e florestal, representantes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), da União Europeia, entre outros convidados.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) vai receber mais 25,1 mil milhões de kwanzas para cobrir despesas com a supervisão do registo eleitoral presencial, que concluiu pela inscrição de 9,3 milhões de eleitores.

 

Esta verba será transferida do Orçamento Geral do Estado (OGE), conforme autorização que consta de um Decreto Presidencial de 7 de Julho, ao qual a Lusa teve hoje (12) acesso, permitindo um crédito adicional naquele valor para pagar "despesas relacionadas com o processo de supervisão do registo eleitoral presencial" pela CNE.

O registo eleitoral com vista às eleições gerais decorreu entre 25 de Agosto de 2016 e 31 de Março de 2017, em todo o país, conduzido pelo Ministério da Administração do Território (MAT). Para a supervisão do processo de registo eleitoral, já tinha sido aprovado, em Fevereiro deste ano, um outro crédito adicional ao OGE de 2017, neste caso, no valor de 5.980 milhões de kwanzas.

231 mil milhões de kwanzas é o valor da carteira de crédito malparado que Banco de Poupança e Crédito (BPC) prevê vender à Recredit, no âmbito do plano de recapitalização da instituição financeira.

 

O processo de reestruturação do BPC vai implementar o programa de aumento do capital social por subscrição de acções ordinárias pelos accionistas, no montante de 90 mil milhões de kwanzas, assim como a emissão de instrumentos de dívida subordinada convertível elegíveis para fundos próprios base, avaliada em 72 mil milhões de kwanzas, respectivamente, segundo o presidente do conselho de administração do BPC, Ricardo Viegas d’Abreu.

O gestor, que falava durante uma conferência de imprensa sobre os 100 dias de trabalho deste conselho, considerou o plano de recapitalização do BPC um conjunto de iniciativas que visam assegurar a manutenção de uma posição financeira sólida e de um nível de rentabilidade sustentável e adequado ao perfil de risco do banco.

Ainda em relação ao crédito malparado, o responsável sublinhou que a recuperação deste valor depende, grandemente, da aceleração económica, tendo em conta que a maior parte dos credores perdeu a capacidade financeira devido à situação conjuntural que o país atravessa.

Apontou, por outro lado, o Plano de Acções Integrado, que visa a operacionalização do negócio bancário e a revitalização de toda a actividade comercial do banco como uma das acções desenvolvidas ao longo dos primeiros 100 dias do conselho de administração.

Deste plano, intitulado Plano de Acções Imediatas (PAI), fazem parte a organização e o capital humano, a gestão da mudança e das operações, bem como a melhoria dos níveis de serviço, a optimização dos processos de sistemas de informação, a dinamização e reorganização comercial, entre outras acções, referiu o também presidente da Comissão Executiva do BPC.

"Nestes primeiros 100 dias em funções decidimos centrar o nosso trabalho em torno de três grandes áreas, nomeadamente, a relação de excelência com o Banco Central, apostando cada vez mais na adopção das melhores práticas de governo e de compliance defendidas e aceites por toda a comunidade financeira mundial, assim como a segmentação dos clientes do BPC e foco na actividade comercial do banco", referiu.

De acordo com o gestor, as questões relativas ao funcionamento, créditos e especifidades dos créditos, montantes e outros aspectos relativos a este processo, serão comunicados e partilhados a partir da Recredit (sociedade anónima de capitais públicos que visa recuperar o credito malparado da banca pública, criada em 2016).

Apontou também o III trimestre de 2018 como período que será reinaugurado o edifício sede do BPC, que se encontra em reabilitação. A estabilização, reestruturação, dinamização e controlo da actividade comercial do BPC prevê-se ser concluídas em 2018, garantiu o responsável.

A transportadora aérea Emirates anunciou hoje (10) o "fim imediato" do contrato de concessão para gestão da TAAG face "às dificuldades prolongadas que tem enfrentado no repatriamento das receitas" das vendas em Angola.

 

Numa declaração enviada hoje à Lusa, a transportadora refere igualmente que está a "tomar medidas no sentido de reduzir a sua presença em Angola" e que a partir de hoje reduz de cinco para três o número de frequências semanais para Luanda.

"Esta questão tem-se mantido sem solução, apesar de inúmeros pedidos feitos às autoridades competentes e garantias de que medidas seriam tomadas", refere a companhia árabe. "Com efeito imediato, a Emirates põe fim à sua cooperação com a TAAG ao abrigo de um contrato de concessão de gestão em curso desde Setembro de 2014", acrescenta a empresa, com sede nos Emirados Árabes Unidos. "Esperamos que a questão do repatriamento de fundos seja resolvida o mais cedo possível, de modo que as operações comerciais possam ser retomadas de acordo com a demanda", refere ainda a companhia.

O contrato de gestão assinado entre o Governo e a Emirates prevê a introdução de uma "gestão profissional de nível internacional" na TAAG, a melhoria "substancial da qualidade do serviço prestado" e o saneamento financeiro da companhia, que, em 2014, registou prejuízos de 99 milhões de dólares.

Em contrapartida, no âmbito do Contrato de Gestão da transportadora pública celebrado com a Emirates Airlines para o período entre 2015 e 2019, prevê-se dentro de quatro anos resultados operacionais positivos de 100 milhões de dólares.

O presidente do conselho de administração da TAAG, Peter Hill, indicado para o cargo pela Emirates ao abrigo do acordo com o Governo, anunciou ter cortado 62 milhões de euros em custos no primeiro ano daquela gestão. "Nós dissemos, no nosso plano de negócios, que em três anos íamos reduzir custos em 100 milhões de dólares e logo no primeiro ano já poupamos 70 milhões. Por isso estamos muito contentes e posso dizer que as finanças da companhia estão a melhorar dramaticamente", explicou. "Herdamos uma companhia não lucrativa, com muitos trabalhadores, e nos últimos 12 meses estamos a reduzir os custos", enfatizou o administrador, que assumiu funções em outubro de 2015. Segundo Peter Hill, a TAAG contava então com cerca de 4.000 trabalhadores, para operar 31 destinos domésticos e internacionais, após uma forte redução, apenas com programas de reforma.